segunda-feira, 11 de julho de 2011

A MORTE COMO SONO



Dormir e sonhar.
Com um campo florido perfumado.
Uma liberdade de movimento.
Uma leveza indescritível.
O pássaro canta alegremente.
O céu reflete um azul puro com imensa claridade.
Crianças alegres brincam em suas alamedas.
Sem dor e sem sofrimento. 
Mas subitamente.
De forma translúcida.
Uma emoção desprende do corpo.
Num desejo de libertação. 
O coração estremece de ventura.
Diante da suave emoção desta hora sublime.
Rumo ao mundo onde residirá.
E gozará de paz e serenidade.
Os olhos a indagar.
O profundo mistério que separa a vida da morte.
Seu peito dilata de alegria nunca sentida.
Achei difícil a viagem até aqui, 
Mas como um falcão real.
Que voa para o sono.
Conserve a paz.
Pois um dia também dormirás. 

Autora : Solange Netto Andrade 
07/06/1995

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