terça-feira, 19 de julho de 2011

AINDA TE PROCURO




Meus olhos já não podem.
Ver uma paisagem de inocência.
Mas conduz a um sonho que justifica.
Não sou gesso, nem pedra, nem bronze.
Sou carne que vive, que sofre e palpita.
Ainda te procuro.
Onde está o sonho lindo.
Que leva a contemplar o cabelo branco.
De quem nunca envelhece. 
Como o sol, as estrelas, o tempo e o pó no chão.
Ainda te procuro. 
Choro a lágrima do tempo.
Onde tudo faz sentido.
Na procura que faz compreende.
No saber que toda pergunta.
Possuem resposta na natureza. 
Uma cachoeira começa com uma gota d'agua.
Criando uma obra de arte.
Que é onde te encontro.
Procuro-te.
No vento que sussurra a vida.
Na liberdade em busca da paz. 
Na certeza de sua existência.
 
 Autora: Solange Netto Andrade 
 02/10/1997

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