sábado, 25 de abril de 2015

AS MARGENS


                               


Na margem esquerda.
É muito lindo o que sinto
Em tudo que pode existir
Enquanto em outra margem
Encontro-me comigo mesma
É tanta coisa que sinto
Nem tudo posso escrever
No ponto máximo da margem
Ao longe montanhas cinzentas
O céu de luto chuvoso
Entristece o espirito da gente
Murmurando ao tempo passado
Confesso  o confuso sentimento
De alegria e tristeza
Confusa surge perguntas sem resposta
Do passado, presente e futuro
Para onde vou
De onde o vento soprar
Quando o sol acabar
E o anoitecer chegar
Estou as margens do tempo

Autora: Solange Netto Andrade
                                  25/04/2015

quarta-feira, 22 de abril de 2015

GIGANTE DO AMOR




Amor puro
Lindo, leve, suave e doce.
Usufrua deste desejo secreto.
Amor negro
Feio, bruto, pesado e amargo.
Morre paixões. infeliz amor.
O amor com presença, não é companhia.
Não digas nunca, nem jamais.
O amor é ardente queima e dói.
Não queiras ser enganada.
O amor finge, mente e magoa.
Palavras de amor,  não fala sente-se.
Que pena a dor do amor.
Deixa o coração  amargo.
O amargo do fel e a dor no espírito.
Não vejo o que sinto, mas sofro no que vejo.
Esta dor sem remédio
Sente sem ver, mas sofre a amargura.
Quem sofre é tão grande.
Quanto ao gigante do amor.
Ou um amor gigante.

Autora: Solange Netto Andrade
                                  10/04/2015

LUA QUE VEJO






Radiante, cores vibrantes da lua cheia.
Gigante na noite, escura reflete como espelho.
Transforma silhueta deslumbrante.
Clareia transformando, noite e dia.
Contemplo com olhar profundo.
Lágrima, naturalmente no rosto.
Movida por sentimento de paz.
Recorro ao silencio sendo observador.
E percebo que existe tristeza na noite.
Na sombra distante do arbusto.
Sentindo o frescor da noite.
E no silencio profundo busca o sono.
Sonhador, desliza o rosto no travesseiro.
Aconchegado ao lençol branco.
Extremamente macio e perfumado.
Desviando o pensamento para dormir.
Respiro para sentir alivio e durmo.
Tristonho desperto na madrugada.
E o meu olhar depara com o luar radiante.
E imediatamente agradeço a lua que vejo.

Autora: Solange Netto Andrade
                                  08/04/2015