quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SILÊNCIO


                          
Estou em silêncio a ouvir meus pensamentos.
Aguardando sinais de inconsciência.
Entretanto pensamentos vão e vêem.
Percebi que nunca observei a perfeição.
Do silêncio que traz calma e sensação.
Olhei a minha mão envolvendo uma caneta.
Movimentos sutis sem som.
Ao meu lado uma janela e um espelho.
Meus olhos bicolores via reflexo do rosto.
pela janela um vitral gótico da natureza.
Descobri que com este olhar tudo causaria espanto.
Mas com o toque do telefone quebrando o silêncio.
Numa expressão iluminante do sagrado.
As mudanças oculares que me faz  ver.
Os relâmpagos sentindo o milagre diante da sarça ardente.
Com a chuva fina e fria a rua deserta praticamente sem vida.
Deus me deu a alegria de ver tudo.
E transformá-la em poesia.

Autora: Solange Netto Andrade
17/07/1997

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