segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

FILHO BASTARDO


Ecoa na eternidade a realidade.
Gesto voa, mas o resultado fica.
Negra linda que impressionou.
Pele fina tamanha formosura.
O silencio esmaga a violência.
A complacência e o descaso abusado.
Dor sofrida e tortura concedida.
Chora o coração e silenciosamente calo.
Mergulho e me rendo a te conhecer.
Enlouquecendo o homem que olha.
Fitando no olho o encanto indiferente.
Sobrepondo o sentimento sem preconceito.
Numa estranha convivência silenciosa.
Ironicamente o homem branco.
Após loucos anos reaparece.
O traidor covarde para revelar paternidade.
Na decorrência do fato provocado.
Eu sendo resultado de um ato.
Quisera eu agora ignorar o fato.
De ser teu filho bastardo.

Autora: Solange Netto Andrade 
13/08/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário